Ritual Menor do Pentagrama



Excelente performance do ritual de banimento menor do pentagrama.

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1 - Toque a testa e diga ATEH

2 - Toque o sexo e diga MALKUTH

3 - Toque o ombro direito e diga 'VE - GEBURAH

4 - Toque o ombro esquerdo e diga VE - GEDULAH

5 - Junte as mãos no peito e diga LE - OLAHM AMEN

6 - De frente para o Leste (o oriente, ou para os thelemitas, Boleskine), desenhe um pentagrama visualizando-o, no centro visualize o primeiro nome, IHVH e inspirando-o, sentindo passar pelo peito até os pés e sentindo a sua volta, fazendo o sinal do entrante, varando o pentagrama, vibre o nome ("Iod Rê Vô Rê", por exemplo) com energia.

7 - De frente para o Sul, repita o processo anterior trocando o nome por ADONAI.

8 - De frente para o Oeste, repita o processo anterior trocando o nome por EHEIEH.

9 - De frente para o Norte, repita o processo anterior trocando o nome por AGLA.

Caso o estudante não tenha percebido, ele está girando no sentido horário.

10 - Na posição de Cruz (os braços abertos e os pés juntos), o estudante repetirá:

"A minha frente RAPHAEL"

11 - "Atrás de mim GABRIEL"

12 - "A minha direita MICHAEL"

13 - "A minha esquerda AURIEL" -

14 - "Pois ao meu redor flamejam os Pentagramas"

Sempre imaginando os Arcanjos nas suas respectivas posições e os pentagramas em chamas. Cada um está relacionado a um elemento: Ar, Fogo, Água e Terra, na sequencia. Como os elementos são 4, o magista, ao centro, será a 5ª parte do pentagrama, o espírito.

15 - "E na coluna do meio, brilha a estrela de seis raios".

Que o estudante visualize dois Hexagramas, um em cima e o outro projetado embaixo, com uma faixa de luz estendendo-se infinitamente na vertical, envolvendo-o.

16 - Repita a Parte 1 e o ritual estará encerrado.

Prometheus


Este mito pode ser a fonte mais antiga da lenda sobre este anjo brilhante. Mas não podemos esquecer sobre o outro conto Grego que é associado com esta figura em interpretações modernas. Essa, é claro, a famosa história de Prometheus. Deixe‐nos relembrar brevemente esta lenda mítica: Prometheus foi um dos titãs e o criador da humanidade a qual ele formou da argila misturada com lágrimas, e cujas almas foram a centelha dofogo divino que o Titã roubou dos da carruagem do Sol. Então, vendo que o homem é fraco, ele roubou o fogodos deuses novamente e o trouxe para a terra. Ele ensinou aos humanos como usar fogo para criar artes e ofícios.
Desta maneira ele despertou o espírito humano e deu à humanidade o potencial para governar o mundo. Por seu amor aos humanos ele foi severamente punido pelos deuses: eles prenderam‐no a uma rocha e a cada dia seu fígado era comido por uma águia (ou um abutre) e crescia novamente para que a dor pudesse durar eternamente. Esta lenda foi identificada com Lúcifer por causa de seu papel como o iniciador dos humanos: aquele que dota o homem com alma, o fogo divino, e mostra‐lhes como serem iguais aos deuses. A interpretação esotérica do mito explica o dom do fogo enquanto despertar da centelha interior no homem, a fonte do poder espiritual que corresponde ao conceito Tântrico da serpente Kundalini. O fogo “Prometheano” (de Prometheus) é a centelha de divindade que quando despertada, pode tornar‐se a tocha de um potencial espiritual infinito. Assim como Prometheus ensina a humanidade como se tornarem iguais aos deuses, Lúcifer mostra ao homem o caminho da independência e o caminho para a sua própria divindade.
Outra figura mítica, frequentemente identificada tanto com Prometheus quanto com Lúcifer, é o
Escandinavo Loki. Como os dois “personagens” acima mencionados, ele representa forças que ameaçam a ordem divina e cósmica. Ele é o portador da luz/fogo e ao mesmo tempo ele é o destruidor com um imenso potencial destrutivo. Seu nome refere‐se a “logi” (“chama”, “fogo”) ou aos verbos “lúka”, ou “lukijan”, significando “travar”, que aponta ao seu papel no fim do mundo existente (Ragnarök), o fogo final no qual o mundo e os deuses queimarão. Ele é o pai dos monstros mitológicos: o lobo Fenrir que devorará Odin na hora do Ragnarok, a deusa cadáver Hel, e a serpente cósmica Jormungandr. Ele é o trapaceiro que constantemente desafia os deuses e suas ordens e leis ficadas. Ele também é o pai das disputas e das mentiras. Mas ele também é o iniciador da humanidade a quem ele traz o dom do fogo divino –assim como Prometheus. Finalmente, ele também sofre uma similar espécie de tormento: ele é punido sendo preso às rochas, e acima de sua cabeça há uma cobra venenosa cujo veneno goteja sobre a face de Loki. Quando o deus se arrepia com sofrimento, suas convulsões causam terremotos e outros desastres.

O Vampiro


Lá está ele escondido, sorrateiro,
dorme de dia escondido do sol.
Se levanta para adentrar à escuridão,
Ela se abre a ele, úmida e macia.
Ele busca sua vítima, com suavidade
À conquista, penetra no mais fundo.
E se alimenta delas com ferocidade
Na hora devida retira-se com sutileza,
Para que não ponha em risco sua imortalidade.
Oh escravo das paixões. Todos a quem ama
Terão que morrer, para que seu amado o líquido
Precioso possa recolher dama...
Se lança, se perde entre os cabelos da amada.
Que perdida em êxtase mostra o órgão pulsante
Ela abre seus lábios esperando o beijo
Ele esfregando seus dentes, nela crava.
O calor do precioso líquido brota,
Aquecendo seu corpo frio e morto.
Dando a ele nova vida, perdidos.

Em gozos se contorcem, gemem
Palavras incompreensíveis,
Molhado do corpo que o envolve,
era uma questão de se entregar ou tomar se por entregado!
Existe o pombo, e existe a serpente. Escolhei bem!


Fragmentos

Concentro-me em uma idéia, sem nenhuma intenção abaixo minha cabeça e meus olhos se dirigem ao ajna chakra, um turbilhão de pensamentos se apresentam, me concentro no que mais poderá expressar o que quero passar. Como num rio com muitos peixes, fico esperando que passe o mais formoso deles para que possa apanhar-lo, destrinchá-lo e me alimentar de suas entranhas. Quanto mais limpa a água melhor posso escolher o peixe, por isso a mente deve estar livre de qualquer outro pensamento senão o mágico. Também deve estar calma, pois o bom caçador deve esperar que sua presa esteja tranqüila para que não a perca, há o momento certo de lançar a flecha. Sem que perceba as pernas já não são sentidas, o corpo pé esquecido e só consigo ouvir as batidas de meu coração. Mas tudo isso só ocorre em momentos estranhos, que chamo de inspiração, mas possivelmente não o é, é mais próximo de uma inquietude, uma vontade extrema de fazer algo, como uma empolgação, uma paixão repentina, e uma certeza da grandeza do resultado.



Um fragmento do diário mágico de Frater Gemini 21.'.21.'.21


Ághape! Thelema!

Concernente à prática de Liber Resh vel Helios


Faz o que tu queres há de ser tudo da Lei


A prática de Líber Resh, implica numa excelente introdução à prática ritual diária, assim como, há de ser uma constante no repertório de todo magista thelemita dedicado. Sua essência está naquele método de Bhakti Yoga, a Yoga da Devoção e do Amor. Amor é o coração e a alma da Grande Obra (Amor é a lei, amor sob vontade).
Embora Resh seja simples e pequeno, assim como qualquer outra prática séria, requer certa dedicação.
Conforme se vai avançando em suas práticas é certo que através delas surgirão bons frutos.
Sendo de simbologia cíclica, eu recomendo que todos compreendam a importância de seguir um plano, uma meta e seguí-la por algum período que seja relevante, já pré-determinado.
Um mês lunar é considerado o mínimo, devendo ser iniciado sob a Lua Nova.
Entre duas épocas (preferencialmente de solstício a solstício) como um padrão a ser seguido é melhor ainda. Um ano, é o ideal (mas depois tente parar!). Quanto mais você o pratica, mais você reconhece e compreende sua associação com ele. Os frutos e as riquezas da experiência virão. Mas entenda: para se criar hábito, um ritmo e constância nas práticas, pode ser que leve tempo, por isso é exigido que tenhais, sobretudo DISCIPLINA. Você poderá ficar surpreso o quanto é difícil se manter numa prática estritamente. Se você se esquecer ou se perder, ok, volte para onde começou.
Erga-se novamente! Pois é assim dito numa das partes do próprio Liber. Mas, mantenha-se nele com ardor e vontade.





“Sê firme, sê constante, sê estável.”




Amor é a lei, amor sob vontade

Lilith


Lilith figura como um demônio da noite nas escrituras hebraicas (Talmud e Midrash). Lilith é também referida na Cabala como a primeira mulher do bíblico Adão, sendo que em uma passagem (Patai81:455f) ela é acusada de ser a serpente que levou Eva a comer o fruto proibido. No folclore popular hebreu medieval, ela é tida como a primeira esposa de Adão, que o abandonou, partindo do Jardim do Éden por causa de uma disputa, vindo a tornar-se a mãe dos demônios. De acordo com certas interpretações da criação humana em Gênesis, no Antigo Testamento, reconhecendo que havia sido criada por Deus com a mesma matéria prima, Lilith rebelou-se, recusou-se a ficar sempre em baixo durante as suas relações sexuais. Na modernidade, isso levou a popularização da noção de que Lilith foi a primeira mulher a rebelar-se contra o sistema patriarcal.

Assim dizia Lilith:

‘‘Por que devo deitar-me embaixo de ti? Por que devo abrir-me sob teu corpo? Por que ser dominada por ti? Contudo, eu também fui feita de pó e por isso sou tua igual.’’

Quando reclamou de sua condição a Deus, ele retrucou que essa era a ordem natural, o domínio do homem sobre a mulher, dessa forma abandonou o Éden. Três anjos foram enviados em seu encalço, porém ela se recusou a voltar. Juntou-se aos anjos caídos onde se casou com Samael que tentou Eva ao passo que Lilith Tentou a Adão os fazendo cometer adultério. Desde então o homem foi expulso do paraíso e Lilith tentaria destruir a humanidade, filhos do adultério de Adão com Eva, pois mesmo abandonando seu marido ela não aceitava sua segunda mulher. Ela então perseguiria os homens, principalmente os adúlteros, crianças e recém casados para se vingar.

Castidade


Todas as Obras de Literatura Antiga e Medieval que mais particularmente concernem ao Buscador da Verdade concordam em um ponto. Os mais reles Grimórdios de Magia Negra, tanto quanto mais altos vôos filosóficos da Irmandade que nós nomeamos, insistem na Virtude da Castidade como de central importância no Portal da sabedoria.
Primeiro seja notada a palavra Virtude: a qualidade de Hombridade, o mesmo que Virilidade. A Castidade do Adepto da Rosa e Cruz, dos Cavaleiros do Graal Monsalvat é o completo oposto daquilo que o poeta pode escrever:


“...falsa Castidade que sacia
Sua luxúria solitária e mia
Em público, de boca babujosa.”


E o oposto daquele frigor emasculado tão decantado por poetas da laia de Alfred Tennyson e outros Acadêmicos.
A Castidade cuja Energia Mágica tanto protege quanto impele o aspirante aos Mistérios Sagrados é precisamente o contrário, em sua mais profunda natureza, de todas as concepções vulgares dessa Virtude; pois em primeiro lugar, é uma paixão positiva, em segundo lugar, relaciona-se apenas através de obscuros laços mágicos com a função sexual e em terceiro lugar, é inimigo mortal de toda forma de moralidade e sentimentalismo burgueses.
Podemos criar em nossas mentes uma concepção mais clara desta, a mais nobre e mais rara – no entanto, a mais necessária – das Virtudes, se estabelecermos a distinção entre ela e um de seus ingredientes: Pureza.
Pureza é uma qualidade passiva, ou pelo menos estática; significa a inexistência de qualquer mistura com qualquer outra coisa; como em puro alumínio, pura matemática, pura raça. O uso da palavra em expressões tais como leite puro, que sugerem ausência de contaminação, é um uso derivado e secundário.
Castidade, por outro lado, como a etimologia (castus, possivelmente relacionado com castrum, um campo fortificado) mesmo sugere, podemos supor que afirmar uma atitude moral de prontidão para resistir a qualquer assalto contra um existente estado de Pureza.


“Tão cara aos céus é a santa castidadade
Que quando uma alma é assim vista sincera
Mil anjos de libré em volta a servem”


Cantou assim Milton, com a capacidade de ver através de véus do verdadeiro poeta, pois tal serviço é puro desperdício, a não ser que seja exigido por nossa atividade.
A Esfinge não será domada se nos mantivermos afastados dela; e a inocência bruta do Paraíso está sempre à mercê da Serpente.
É a Sabedoria dela que deveria guardar nossos Caminhos; nós necessitamos de sua rapidez, sua sutileza e sua régia prerrogativa de dar a morte.
A Inocência do Adepto? Nós imediatamente nos lembramos da pujante Inocência de Harpócrates e de Sua Energia de Silêncio. Um homem casto não é, portanto, meramente um que evita o contágio de pensamentos impuros e os resultados destes; é um homem cuja virilidade é capaz de restaurar Perfeição ao mundo em volta dele. Assim o Parsifal que foge de Kundry e suas servidoras, as feiticeiras-flores, perde seu caminho e deve vagar duramente longos anos no Deserto; ele não é verdadeiramente casto até que seja capaz de redimi-la, um ato que ele executa através da reunião da Lança e do Sangraal.
Castidade pode, portanto, ser definida como a estrita observância do Juramento Mágico, Istoé, a Luz da Lei de Thelema, absoluta e perfeição, devoção ao Sagrado Anjo Guardião e firme marcha no Caminho da Verdadeira Vontade.
Castidade é inteiramente incompatível com a covardia da atitude “moralista”, a emasculação da alma e a estagnação do ato que comumente caracterizam o homem chamado casto pelo vulgo.
“Cuidai-vos da abstenção de agir” – não está isto escrito em Nossa Lição? Pois a natureza do Universo sendo Energia Criadora, qualquer recuo blasfema a Deusa e tenta introduzir os elementos de uma verdadeira morte no pulso da vida.
O homem casto, o legítimo Cavaleiro-Andante das Estrelas, impõe sempre sua essencial virilidade sobre o Útero palpitante da Filha do Rei, com todo golpe de sua Lança ele penetra o coração da Santidade e faz jorrar a Fonte do Sangue Sagrado, esguichando seu orvalho escarlate através do Tempo e do Espaço. Sua Inocência derrete, com sai Energia-branca-em-brasa, as vis cadeias daquela Restrição que é Pecado; e sua Integridade em sua fúria de Retidão, estabelece aquela justiça que (só dela) pode satisfazer a ânsia ardente da Feminilidade cujo nome é Oportunidade. Tal como a função do castrum ou castellum não é meramente resistir a um sítio, mas também compelir a Obediência a Lei e à Ordem todo pagão que possa ser alcançado pelo circuito de seus cavaleiros, assim também o Caminho da Castidade consiste em mais que defendermos nossa pureza contra assalto. Pois aquele que é imperfeito não é completamente puro; e nenhum homem é perfeito em si mesmo sem que se expresse em todas as suas possibilidades. Assim, devemos ser prontos a buscar toda aventura apropriada e usufruí-la vendo bem que de forma alguma isto nos distraia ou desvie de nosso propósito, poluindo nossa verdadeira Natureza e impedindo nossa verdadeira Vontade.
Portanto, ai do impuro que desdenha a aparentemente trivial ou foge acovardado da desesperada aventura. E aí, três vezes ai e quatro vezes ai daquele que é desviado pela aventura, relaxando sua Vontade e esquecendo seu Caminho, pois da mesma forma que o preguiçoso e o covarde estão perdidos, também o fraco que se deixa jogar por circunstâncias é arrastado para dentro do mais profundo Inferno.
Senhor Cavaleiro, seja atento: vigie junto a suas armas e renove seu Juramento, pois é de sinistro augúrio e mortalmente carregado de perigo qualquer dia que não enchemos a transbordar de alegres e audazes proezas de senhoril, de viril Castidade!




Pequenos Ensaios em Direção a Verdade.

Traduzido por Marcelo Motta